13 de Outubro – Dia Mundial da Trombose

Você sabia que 1 em cada 4 mortes no mundo está relacionada a eventos trombóticos (coágulos)? E que, somente no Brasil, temos cerca de 400 mil eventos trombóticos por ano?

Você sabia que 1 em cada 4 mulheres irá sofrer uma perda gestacional devido ao fator genético trombofílico?

Você sabia que se uma menina possuir o Risco Genético à Trombofilia, ela encontra-se 180% mais vulnerável a apresentar um AVC ou um tromboembolismo pulmonar devido ao uso de Pílulas Anticoncepcionais?

Muitas vezes, aliás na maioria das vezes, os eventos trombóticos são assintomáticos e os pacientes só os descobrem quando eles ocorrem ou quando tem perdas gestacionais de repetição.

Eu, mesma, sou um exemplo disto, passei 17 anos da minha vida tomando anticoncepcionais, passei por vários ginecologistas (altamente respeitados e conceituados) e nenhum até os meus 33 anos me pediu exames de constatação de Fator de Risco Trombótico, mesmo eu tendo dito a eles que havia casos de trombose nos dois lados da família.

E, por isto, hoje, faço parte do grande grupo que visa à conscientização à prevenção à Trombose, ao Tromboembolismo, aos Acidentes Vasculares de qualquer espécie e, principalmente à prevenção de Perdas Gestacionais relacionadas à Trombofilia!

Conscientizar as mulheres sobre os riscos do uso indiscriminado e mal prescrito de pílulas anticoncepcionais e sobre a necessidade da realização de exames do Painel de Trombofilia antes de pensar em ter uma vida sexual ativa e de engravidar é meu dever!!!

Prevenção, é a palavra chave!!! Afinal, recentemente, três importantes trombofilias hereditárias foram descobertas como sendo responsáveis pela maioria dos eventos tromboembólicos em pacientes sem risco aparente de trombose.

A primeira, uma mutação no gene do Fator V de Leiden, é encontrada em aproximadamente 5% da população e é responsável por 20-30% dos eventos de tromboembolismo venoso. Esta mutação em homozigotos (dois alelos mutados) aumenta o risco de trombose venosa em até 80 vezes. Em heterozigotos (um alelo mutado) aumenta o risco 8 vezes.

Na segunda, a mutação no gene da Protrombina é associada com o aumento da concentração da protrombina plasmática e aumenta o risco para tromboembolismo venoso e trombose cerebral. Indivíduos que possuem um gene alterado (heterozigoto) para esta mutação têm um risco 6 vezes aumentado de sofrer uma trombose venosa.

Caso a mulher seja portadora heterozigota para os dois genes (Fator V e Protrombina) o risco de um acidente vascular cerebral isquêmico (AVC) pode aumentar em 149x se a mesma fizer uso de anticoncepcional oral. Portanto, o exame de DNA de detecção da mutação para esses dois genes torna-se necessário em qualquer mulher que venha fazer o uso de anticoncepcional oral, que queira engravidar ou iniciar uma terapia de reposição hormonal.

Na terceira forma de trombofilia hereditária, a mutação no gene MTHFR (Metilenotetrahidrofolato redutase) é a mais freqüente causa do aumento moderado de homocisteína e pode ser encontrado em 5-15% da população. A mutação em homozigose está associada a um risco até 6 vezes aumentado de trombose venosa. A homocisteína é um fator independente para risco de arteriosclerose, derrame cerebral, doenças vasculares periféricas e cardiopatias. Porém, a mutação C677T só deve ser considerada patogênica em pacientes que são homozigotas, pois a heterozigose é variante da normalidade, uma vez que mais de 40% das mulheres Brasileiras apresentam esse status.

Você, mãe, deve exigir do ginecologista que atende sua filha que peça os exames, não deixe que sua filha se arrisque sem necessidade!

Você, mulher, que começar sua vida sexual, não faça uso de anticoncepcionais, sem fazer os exames de detecção de risco genético!

Você, mulher, que pretende engravidar, inclua o Painel de Risco de Trombofilia, nos exames pré-gestação, não tenha perdas gestacionais desnecessárias, salve a sua vida e a vida de seu bebê!

Você, mulher, que está pensando em passar por uma terapia de reposição hormonal, não o faça sem antes fazer os exames de risco genético!

Você, homem, faça os exames também, pois a trombose não escolhe suas vítimas pelo sexo, pela orientação sexual ou pela idade!

Previna-se, peça ao seu ginecologista, ao seu angiologista, ao seu cirurgião vascular ou ao seu cardiologista que requeira os seguintes exames:

  • Anticardiolipina IgA, IgG e IgM – R$120,00
  • Fosfatidilserina IgA, IgG e IgM – R$ 1.110,00
  • Fator II de Protrombina – Mutação – 290,00
  • Fator V de Leiden – Mutação – 110,00
  • MTHFR – Mutação – 290,00
  • Homocisteína – R$60,00
  • Total: R$2.000,00 (todos os exames são feitos pela UNIMED)

 

Pare e Pense, estes R$ 2.000,00 podem salvar sua vida ou a vida de sua filha!!!

trombose_001.png

 

Deixe um comentário