Fator Ovariano e Fator Hormonal

Estes fatores representam 50% dos casos de infertilidade, por falta total de ovulação (anovulação) ou por um defeito da mesma (disovulia – insuficiência de corpo lúteo).

A pesquisa da ovulação se faz através de métodos indiretos que, em conjunto, dão o diagnóstico da existência ou não da ovulação, sua qualidade e de sua quantidade. O tratamento depende das perturbações observadas pela pesquisa funcional.

Fazem parte da pesquisa: os exames de dosagens hormonais, a ultrassonografia pélvica transvaginal seriada e a biópsia do endométrio.

O fator ovariano é avaliado basicamente por dosagens hormonais realizadas durante o ciclo menstrual. No 3º dia do ciclo (sendo o 1º dia o início do fluxo menstrual), três hormônios são analisados: FSH, LH e Estradiol (Estrogênio).

Esses hormônios são extremamente importantes para avaliar, indiretamente, a reserva dos ovários. Por volta do 20º dia do ciclo, os hormônios prolactina e progesterona são dosados, sendo o último repetido, aproximadamente, três dias depois. A progesterona é um importante hormônio, pois a sua presença, em níveis normais, representa a ocorrência da ovulação.

É necessário, ainda, realizar a Ultrassonografia Transvaginal, em algumas vezes durante o ciclo para verificar se há a presença de um folículo dominante, assim como prever a sua Rotura. No momento que antecede a ovulação, o folículo dominante atinge o tamanho de 20mm, formando um pequeno cisto (cisto funcional). E, na ovulação, ele se rompe e o óvulo é encaminhado para o útero, através das tubas uterinas (trompas), onde será fecundado e se tornará embrião.

Também deve ser feita a análise do padrão do endométrio, com suas características peculiares dessa fase do ciclo.

Para as mulheres que não menstruam regularmente, dosam-se os hormônios FSH, LH, estradiol e prolactina, no 3º dia do ciclo, por serem, geralmente, pacientes anovulatórias.

A OMS (Organização Mundial da Saúde) classifica as pacientes anovulatórias em grupos:

Grupo I: Pacientes que apresentam uma disfunção do eixo hipotálamo-hipófise, em que estas glândulas produzem pouca quantidade de gonadotrofinas (FSH e LH), não sendo suficientes para estimular os ovários.

Grupo II: Pacientes que apresentam uma liberação irregular das gonadotrofinas (FSH e LH), porém, os níveis estão dentro da normalidade, mas, geralmente, ocorre uma alteração da relação entre as quantidades do LH e do FSH (LH maior que o FSH). Dentro deste grupo, encontram-se as pacientes com Síndrome dos Ovários Micropolicísticos. Essa síndrome é caracterizada por apresentar ovários aumentados, contendo na periferia de seu interior pequenos folículos, medindo entre 8 mm e 10 mm de diâmetro e manifestações clínicas por aumento dos hormônios masculinos (androgênios), como aumento de pelos e acne.

Grupo III: Pacientes que apresentam um aumento da liberação das gonadotrofinas (FSH e LH) e uma diminuição acentuada do hormônio estradiol. Tal quadro hormonal representa uma provável falência dos ovários, fato mais comum nas pacientes acima de 45 anos, mas que pode também ocorrer mais precocemente.

Por fim, realiza-se a Biópsia do Endométrio, um exame onde será colhido material para análise microscópica e que pode ser ou não realizado no consultório durante a Videohisteroscopia, mais ou menos no 24º dia do ciclo. Este exame permite avaliar a ação efetiva dos hormônios.

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5 pensamentos sobre “Fator Ovariano e Fator Hormonal

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  2. Oi eu sou Abeln Kriegler, um canadense, originalmente de Nova Scotia, vivendo do outro lado da lagoa, em Londres, Inglaterra com o meu namorado beardy britânico e um gato muito esquisito. Obrigado pelo seu blog.

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