Faça três refeições diárias, com intervalos de cinco a seis horas. Procure mastigar bem, comer devagar, com tranquilidade. Coma muito bem no café da manhã e um pouco menos no almoço. A última refeição é mais leve.
Açúcar e Farinhas Brancas – Evite a ingestão de açúcar branco, substitua-o por açúcar mascavo. Esses alimentos possuem compostos que podem “confundir” os receptores celulares de estrógeno, aumentando a produção desse hormônio, que estimula o crescimento de células do endométrio. Em mulheres com endometriose, isso significa agravamento da dor.
Adoçantes Artificiais – Devem ser evitados, sobretudo por mulheres que sofrem de endometriose. Eles possuem efeitos comprovadamente negativos sobre o sistema endócrino e reprodutor, pois são capazes de aumentar a produção de estrógeno pelo organismo.
Água – Tome água 30 minutos antes das refeições e 2h depois, para não prejudicar a digestão e absorção de nutrientes. Não beba refrigerantes. Evite suco de fruta industrializado, com exceção do suco de uva.
Fibras – em mulheres com endometriose, recomenda-se o aumento no consumo de fibras, como forma de garantir um bom trânsito intestinal. Pacientes que não evacuam regularmente têm retenção de material fecal e, por consequência, aumento de toxinas.
Álcool – Nem pensar! O alto consumo de bebidas alcoólicas tem um efeito ‘pró-inflamatório’, que agrava o quadro de mulheres com diagnóstico de endometriose.
Alho e Cebola – essenciais no combate à endometriose, diminuem a atividade das trombinas e a inflamação; são dois importantes alimentos antiestrogênicos, que ajudam mulheres com endometriose. Eles possuem quercetina em sua composição, um antioxidante que inibe a ação de enzimas envolvidas na produção excessiva de estrógeno.
Interromper o uso nos 15 anteriores a uma cirurgia.
Oleaginosas – uma alimentação rica em ácidos graxos (gorduras poli-insaturadas encontradas em peixes, óleos vegetais, nozes, amêndoas etc) tem o potencial de diminuir a dor em mulheres com endometriose, ao reduzir níveis do mediador inflamatório chamado prostaglandina.
Frutas e folhas – a ingestão de grandes quantidades de vegetais folhosos e frutas frescas apresenta papel protetor contra a endometriose, pois esses alimentos atuam diretamente no crescimento desordenado do tecido endometrial e na produção de estrógeno.
Cafeína – Nem pensar!A ingestão de café aumenta a produção de estrógeno.
Carnes Vermelhas – Reduza a ingestão de carnes vermelhas, a menos que forem orgânicos. A administração de hormônios e antibióticos em animais de corte no Brasil não possui controle efetivo. Em excesso nos animais, essas substâncias passam para o organismo humano e podem aumentar a concentração de estrógeno, o que piora os quadros de endometriose.
Fast food – Peça lanches os mais naturais possíveis e sem maionese.
Frituras – Nem pensar.
Industrializados – Enlatados, conservantes, estabilizantes, corantes, temperos prontos, embutidos são muito prejudiciais.
Doces – De preferência corte-os do cardápio, dando preferência às frutas.
Massas – Diminua a quantidade de massas. O glúten e os carboidratos contidos na massa se transformam em açúcar no organismo. Utilize arroz integral, lentilha (excelente), feijões, refogados de legumes, saladas etc. Refeições deliciosas com muito mais nutrientes.
Pão – Integral.
Queijos – Nada de queijo mozarela ou queijos gordurosos, de sabor acentuado. Utilize ricota orgânica, coalhada ou queijo branco.
Soja – Nem pensar. As isoflavonas são agentes que rompem o equilíbrio do sistema endócrino. Acrescentados na dieta, podem prevenir a ovulação e estimular o crescimento de células cancerígenas. Apenas 30 gramas (4 colheres de sopa) de soja por dia pode resultar em hipotireoidismo com sintomas de letargia, constipação, ganho de peso e fadiga. Diversos estudos demonstraram que derivados da soja causam infertilidade nos animais (na 3ª geração), principalmente de soja geneticamente modificada e com uso de pesticidas.
As mulheres que comem produtos derivados da soja geneticamente modificada, como o isolado proteico de soja nos produtos vegetarianos processados, podem ser mais propensas a experimentar graves disfunções hormonais, incluindo um excesso de estrogênio, de hormônios que estimulem o crescimento de pelos e danos à glândula pituitária.
As mulheres que consomem produtos de soja geneticamente modificada estão com risco aumentado em desenvolver uma menstruação retrógrada (o ciclo menstrual invade o corpo em vez de ir para o exterior), provocando a endometriose, que pode levar à infertilidade. O consumo de proteína isolada de soja e outros produtos à base de soja também podem levar a períodos menstruais de fluxo anormalmente aumentados ou mais prolongados. Isso é chamado menorragia.
As duas drogas naturais encontrados na soja, a genisteína e adaidzeína, imitam o estrogênio tão eficientemente que elas têm sido conhecidas por causar uma variedade de efeitos secundários alarmantes nos homens: aumento dos seios (ginecomastia), diminuição do crescimento de pelos faciais e corporais, diminuição da libido, mudanças de humor e frequentes acessos de choro, disfunção erétil e redução na contagem de esperma.
Selênio: Poderoso antioxidante poupador de vit. E em muitas reações metabólicas. Em conjunto com vit.A, C e E têm sido usados no tratamento da Endometriose como anti-inflamatório.
Suplementos Alimentares – Cortados do cardápio!
Tiramina – alimentos ricos em tiramina devem ser cortados da dieta! (queijo, carnes embutidas, shoyo, leveduras, leite de soja).
Vitamina A – Desempenha funções básicas no organismo, além de ter função antioxidante, atua na integridade estrutural e funcional dos tecidos, no processo de reprodução, forma barreira protetora às infecções, como também participa na síntese dos linfócitos T (células de defesa do organismo).
Vitamina B1 – Envolvida na transmissão de impulsos nervosos, sabe-se que doses elevadas desta vitamina podem diminuir a dor.
Vitamina B6 – Mantém a resposta imunológica. Sua deficiência pode causar irritabilidade e depressão, alguns dos sintomas em mulheres com endometriose. Os alimentos mais recomendados são germe de trigo, cereais integrais, leguminosas, batatas, banana e aveia.
Vitamina B12: quando combinada com a vit. B1 e B6, produzem efeito anti-inflamatório e analgésico.
Vitamina C – esta vitamina também tem ação antioxidante, especialmente em conjunto com a vitamina E e A. Participa do processo de cicatrização e reduz a suscetibilidade às infecções. Combinada com bioflavonoides (substâncias antioxidantes encontradas como pigmentos de frutas, verduras e vegetais superiores), reduz a permeabilidade capilar e aumenta a resistência dos micro vasos, que leva a inibição de processos inflamatórios, diminuindo a formação de prostaglandinas inflamatórias e aumentando o catabolismo de ômega 6.
Vitamina E: desempenha poderoso efeito antioxidante quando comparada à vit. A e aos ácidos graxos poli-insaturados, como os ácidos graxos essenciais. A função antioxidante se dá pela proteção de ácidos graxos poli-insaturados essenciais (ômega 6 e ômega 3) que evitam a ação lesiva em tecidos, conhecido como estresse oxidativo. Os alimentos fontes são: óleos vegetais como soja e milho, germe de trigo, ovos, cereais integrais e sementes oleaginosas como nozes, amêndoas. Outra propriedade indireta antioxidante desta vitamina está na síntese de eicosanoides, que são substâncias biologicamente ativas e provenientes dos ácidos graxos poli-insaturados. Eles participam de reações inflamatórias, estão diretamente ligados à resistência imunológica, os quais produzem uma resposta diferente no organismo,por exemplo, quando há deficiência de vit. E, existe o aumento do processo inflamatório, mediado pelos ác. graxos ômega 6; já quando há um aumento da vit. E ocorre um mecanismo de defesa do organismo, mediado pelos ác. graxos ômega 3. Os ác. graxos presentes em óleos de peixe podem inibir a formação de implantes endometriais. As principais fontes de ômega 3 são: salmão, sardinha, atum e sementes de linhaça.
Zinco: exerce funções fisiológicas específicas como crescimento e replicação celular, maturação sexual, fertilidade, reprodução, funções fagocitárias e imunitárias. Sua deficiência pode causar alterações no comportamento, diminuição da imunidade, lesões de pele e alergia cutânea. Alguns fatores podem interferir na absorção de zinco como: dietas exageradas em fibras e cálcio e suplementação de sulfato ferroso isolado.
Sugestões:
Legumes e Verduras: espinafre, agrião, couve-flor, cebola, quiabo, aspargos, jiló, cenoura, abóbora, tomate, pimentão, batata, couve e brócolis.
Frutas: mamão, morango, melancia, maçã, limão, laranja, coco, manga, banana, frutas cítricas, abacate e melão.
Sementes: feijões, lentilha, quinoa, gergelim, germe de trigo, semente de girassol, amendoim torrado, cereais integrais, aveia, semente de linhaça, castanhas e amêndoas.
Proteínas: carne de porco magra, ovos, peixes (bacalhau, salmão, atum e sardinha), leite, queijos, frutos do mar (ostras e mariscos), carnes vermelhas (laticínios com pouco teor de gordura).
Farinhas: de trigo integral.
Temperos: cogumelos, curry, gengibre, alho poró, tahine, hortelã, manjericão
1 comentário
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