Cistos Funcionais: são os mais comuns. Formam-se durante o processo de ovulação, período no qual a mulher produz pequenos nódulos que devem ser expelidos na menstruação. Quando não o são, formam o cisto. Tendem a regredir naturalmente.
Todo mês, nos ovários, desenvolve-se um cisto que inicialmente é pequeno (5 a 9mm) cresce na primeira fase ciclo menstrual e atinge, na época da ovulação, a dimensão aproximada de 18mm. Estes recebem o nome de folículo e dentro está um óvulo. Na ovulação ele se rompe, o óvulo sai e se encaminha para as tubas (trompas) onde poderá ser fertilizado pelo espermatozóide.
Serosos: secretam um líquido claro, transparente e de baixa viscosidade. Com características bem diferentes do funcional, o seroso não regride. Ao contrário, tende a crescer. O quanto antes for detectado, melhor o tratamento.
Teratomas ou Dermóides: são cistos preenchidos com vários tipos de tecidos do organismo. Podem ocorrer em qualquer idade e, eventualmente, se tornar malignos. O tratamento é a retirada do cisto por cirurgia.
Endometriomas: são constituídos por células do endométrio (camada formada durante o ciclo reprodutivo e é mensalmente expulsa pela menstruação). Em seu interior, há um líquido sanguinolento, de cor achocolatada.
Malignos ou Carcinomas: são tumores císticos malignos que também se desenvolvem a partir das células que recobrem os ovários. Muitas vezes apresentam áreas sólidas no seu interior. O tratamento utiliza os mesmos preceitos do câncer de ovário.
Diagnóstico: Como os cistos de ovário não causam sintomas, na maioria das vezes, o diagnóstico é feito por meio do exame ginecológico anual. O médico pode perceber, ao toque vaginal, um aumento de um ou ambos os ovários e solicitar exames complementares para uma melhor avaliação.
A ultra-sonografia transvaginal é um dos principais exames para avaliar as características dos cistos de ovário. Entretanto, a ultra-sonografia não define com certeza se o cisto é benigno ou maligno.
A laparoscopia permite visualizar diretamente o cisto através de pequenas incisões no abdômen e, se necessário, retirá-lo. A vantagem dela sobre a cirurgia convencional é o menor tempo de recuperação e internação, além de deixar uma pequena cicatriz.
Apesar de todos estes exames ajudarem na avaliação dos cistos ovarianos, o diagnóstico definitivo só pode ser feito através do exame histopatológico, ou seja, pela análise do tecido do cisto após sua retirada.
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